Riscos associados à digitalização
O relatório da CMVM, refere entre os principais riscos para 2022, os riscos associados à digitalização provocados pelo aumento da utilização de plataformas online para a distribuição de produtos e serviços financeiros.
Sem desvalorizar os benefícios trazidos pela atividade financeira digital, é incontornável que este uso tem riscos associados, sobretudo porque estamos ainda num processo de transição, sempre acompanhado de uma evolução e transformação permanentes do sector. Não se trata de atingir metas, trata-se sim de acompanhar esta transição com ferramentas, que mitiguem o risco.
No mesmo relatório a CMVM destaca:
- Os operadores terem capacidade de resposta em adaptarem os seus modelos de negócio aos desafios da digitalização
- O branqueamento de capitais e o financiamento de atividades ilegais através de tecnologia
- Os riscos de intermediação financeira não autorizada
- O alargamento da oferta, que expõe investidores com poucos conhecimentos financeiros e por isso mais expostos ao risco
- Riscos associados a fraude, cibersegurança e cibercrime, que intensifica o risco de roubo de dados
- A facilidade no acesso remoto e a grande variedade de canais digitais disponíveis
- Ativos alternativos, como os criptoativos, ainda fora de um quadro regulamentar
Esta nova realidade aumenta a exposição ao risco, sendo que muitos investidores descuram aspetos essenciais na análise prévia a potenciais investimentos. O que acarreta desafios relevantes a nível regulatório e de supervisão. É expectável que, face a esses riscos, o aumento nas áreas da segurança tecnológica se faça sentir, sob pena de fragilizar os níveis de confiança no mercado financeiro.