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Congresso

“Merchants precisam de ativar as funcionalidades 3DS até 14 de Setembro”

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Steven Beamer, da Ingenico ePayments, referiu que, em Portugal, em 2018, a maioria das transações processadas com 3D Security foram autenticadas, o que resultou na conclusão da transação. 

O próximo ponto de viragem no mercado dos pagamentos está a aproximar-se. Acontece em setembro, e foca-se na autenticação do consumidor. No SmartPayments Congress, no qual o sector procurou perceber como se está a moldar esse futuro, a Ingenico falou sobre o impacto da nova regulação 3D Security e de que modo pode ter impacto nas taxas de conversão online tradicionais.

A Diretiva dos Serviços de Pagamento (PSD2), adotada pelo Parlamento Europeu em 2015 e transposta para a legislação portuguesa em 2018, foi um dos temas do Congresso. Steven Beamer, consultor de vendas na Ingenico ePayments, focou-se na autenticação do cliente.

 

O consumidor terá de disponibilizar dados sobre algo que tem, sabe ou é. É algo que será obrigatório a partir de 14 de Setembro, mas os fabricantes já estão a preparar o terreno. “Os clientes não terão de se preocupar por aí além com estas questões, pois é algo que será tratado pelo banco emissor. A autenticação será tratada também por esta entidade, à semelhança do que já se passa com o processamento das transacções que utilizam 3D Security actualmente”.

E deixou o alerta, os “merchants precisam de ativar as funcionalidades 3DS até 14 de setembro”, para estar em conformidade com as novas regras.

 

Beamer explorou alguns dados de mercado sobre as transacções que tiram partido das ferramentas 3D Security. Os dados de adopção variam de país para país, devido à combinação de diferentes factores como o awareness, a decisão dos bancos emissores permitirem ou não a utilização de funcionalidades 3D Security pelos clientes e ainda pela existência de merchants que concluam este ciclo. Em Portugal, em 2018, a maioria das transações processadas com 3D Security foram autenticadas, explicou.

A Ingenico falou sobre o impacto da nova regulação 3D Security e de que modo pode ter impacto nas taxas de conversão online tradicionais. Naturalmente as novas regras terão impacto nas transacções. Quando adquire algo online, “o comprador terá de dar mais passos, para se autenticar o que poderá gerar fricção e eventuais abandonos da compra”, explicou. Há também riscos do lado do merchant, caso lhe falte algum dado para autenticar a transacção que poderá não ser concluída.

 

Na opinião de Beamer, esta é uma oportunidade para a criação de standards na indústria. É também necessário reforçar a confiança entre as diferentes partes envolvidas e para implementar soluções de detecção de fraude.

O responsável apresentou em seguida algumas das soluções disponibilizadas pela Ingenico, ajustadas às novas regras da PSD2, que têm, entre outras preocupações, o aumento da taxas de conversão online além do combate à fraude e que os comerciantes devem acautelar.

 

A PSD2 foi também o tema abordado por Tereza Cavaco, diretora-adjunta do Departamento de Sistemas de Pagamento do Banco de Portugal que se focou nas oportunidades criadas pela directiva no panorama português.

A Diretiva PSD2, que está gradualmente a ser aplicada, as questões de cibersegurança, as potencialidade do open banking e das eWallets e ainda outros temas como o blockchain, foram temas transversais na 17ª edição do Smartpyaments Congress. Mais de uma centena de profissionais do sector partilharam as suas experiências, projectos e perspetivaram o futuro.

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